
O UNICEF é a única organização mundial que se dedica especificamente às crianças. Em termos genéricos, trabalha com os governos nacionais e organizações locais em programas de desenvolvimento a longo prazo nos setores da saúde, educação, nutrição, água e saneamento e também em situações de emergência para defender as crianças vítimas de guerras e outras catástrofes. Actualmente, está presente em 191 países e territórios de todo o mundo.
Ao elaborar o seu Plano de Acção para 2002/2005, o UNICEF decidiu mobilizar os seus recursos para conseguir resultados para as crianças em seis áreas de intervenção prioritária:
- Educação das crianças: para que todas as crianças tenham acesso e completem o ensino primário.
- Desenvolvimento na primeira infância: para que cada criança tenha o melhor começo de vida.
- Imunização “mais”: proteger as crianças de doenças e deficiências, dando
especial relevo à imunização.
- Luta contra o HIV/SIDA: para prevenir a propagação da doença e para que as crianças e jovens infectados
e afectados pela Sida recebam cuidados adequados.
- Protecção Infantil: para que todas as crianças possam crescer livres da violência, exploração, abusos
- Educação escolar
A criança em primeiro lugar
A missão é lutar por um mundo melhor, com o respeito pelas crianças.
O UNICEF trabalha com governos e organizações não-governamentais (ONGs) de 191 países e territórios em todo o mundo para que todos os direitos das crianças sejam respeitados. O dinheiro do Fundo vem de doações voluntárias do governo, de ONGs e de pessoas comuns.
O UNICEF é financiado por contribuições voluntárias e com o apoio do sector privado. Esta colaboração assume diversas formas, nomeadamente:
• donativo em nome da empresa - muitas empresas, ou fundações com carácter de solidariedade a elas associadas, decidem fazer directamente um donativo no valor que desejarem.
• campanhas de marketing social - em que uma empresa decide doar uma percentagem das vendas de um produto ou serviço à UNICEF. Deste modo as empresas aumentam a notoriedade e vendas das suas marcas e, ao mesmo tempo, contribuem para uma causa.
• campanhas de angariação por meio dos clientes – incentivo à participação dos clientes por meio de programas de fidelização.
• recolhimento de fundos junto dos colaboradores - em alguns casos, o montante angariado é duplicado pela empresa.
• patrocínios de iniciativas e eventos
• voluntariado - a empresa disponibiliza uma parte da carga horária dos seus colaboradores para participarem em acções de voluntariado.
• compra de cartões de Natal e produtos UNICEF
Todas as parcerias se caracterizam respeito mútuo e pelo reforço das potencialidades de cada uma das organizações.
No Brasil
Desde 1950, o UNICEF trabalha no Brasil, em parceria com governos municipais, estaduais e federal, sociedade civil, grupos religiosos, mídia, setor privado e organizações internacionais, incluindo outras agências das Nações Unidas, para defender os direitos de meninas e meninos brasileiros.
O UNICEF atua na articulação, no monitoramento e avaliação e na promoção de políticas públicas na área da infância e da adolescência.
Entre 2007 e 2011, a atuação do UNICEF no Brasil tem como objetivo garantir a cada criança e adolescente os seus direitos a:
- Sobreviver e se desenvolver;
- Aprender;
- Proteger e ser protegido do HIV/aids;
- Crescer sem violência;
- Ser prioridade absoluta nas políticas públicas.
A garantia desses direitos tem a ver com o reconhecimento de que alguns grupos de crianças e adolescentes estão mais vulneráveis à violência, à exploração e a várias situações de risco. Por isso, os direitos devem ser entendidos a partir de dois temas transversais fundamentais na universalização dos direitos: a promoção da eqüidade de raça/etnia e de gênero e a participação das próprias crianças e adolescentes nas decisões que afetam sua vida, sua família e sua comunidade.
Os esforços para a garantia dos direitos também devem ser entendidos a partir das históricas disparidades regionais. Desse modo, para universalizar os direitos, é preciso centrar foco em algumas áreas geográficas do Brasil. São elas:
- o Semi-árido brasileiro, onde se encontram os piores indicadores sociais e onde 70% dos 13 milhões de crianças e adolescentes vivem na pobreza;
- a Amazônia, onde vivem 9 milhões de crianças e adolescentes de considerável diversidade étnica e social, vivendo esparsamente em enormes áreas onde o desenvolvimento econômico, social e institucional é precário;
- as comunidades populares dos grandes centros urbanos do País, onde prevalecem altos tipos de violência contra crianças e adolescentes.
Fonte dos dados estatísticos
IBGE/PNAD 2006 e Estimativas populacionais 2007 metodologia AiBi (para total de crianças e adolescentes na Amazônia).